Mochilando Nas Viagens, aventuras wanderlust e ecdemomaníacas pelo mundo.: 2015

segunda-feira, 28 de dezembro de 2015

GUARAREMA - A Cidade Luz 

Simpática, bucólica e muito atraente


      
Quer usufruir de um local onde você tem belas paisagens pelo caminho, muito verde e aquele ar de cidade pequena, vila? Conheça Guararema/SP, um dos municípios mais ricos da Região do Alto Tietê e no Vale do Paraíba.

Para chegar nessa charmosa cidade, fomos de transporte público no sábado dia 20/11/2015. Pegamos o trem da Linha 11 - Coral da CPTM na estação da Luz com destino à Estudantes em Mogi das Cruzes (R$3,50). No Terminal Rodoviário de Mogi das Cruzes, pegamos um ônibus com destino ao Centro de Guararema (R$4,00). Tanto faz pegar um com o letreiro escrito Guararema ou com o destino até Jacareí.



Chegando à cidade, temos um Portal de Boas Vindas nos dois acessos (eu adoro essas representações e placas, rsrs). Eu simplesmente adorei a simplicidade do lugar, que já estava toda enfeitada para o natal. Muito organizada, a prefeitura mantém pontos de reciclagem de garrafas pet durante o ano e todo o material recolhido é utilizado na decoração, sendo um dos lugares mais bem ajeitados do Estado para esta época, com luzes que iluminam toda a cidade de maneira muito sofisticada

Mas vamos turistar, rsrs. A primeira coisa que fizemos foi almoçar, pois chegamos um pouco tarde. Uma coisa que não gostamos é que não vimos tantas opções para um almoço mais completo, somente lugares pequenos ou lanches, mas conseguimos um cantinho para almoçar por quilo.

Em seguida, visitamos a Praça 9 de Julho ou Praça da Matriz, onde localiza-se a Igreja São Benedito, fundada em 1875. Depois o Pátio Zé da Bala, um espaço cercado por obras de arte, esculturas, pinturas que ilustram um pouco da história de Guararema. E atravessando a linda ponte que tem ali, a Travessia Dona Victória chegamos ao Centro Artesanal Dona Nenê, localizada no belo Parque de Lazer Professora Deoclésia de Almeida Mello. E próximo dali, outro atrativo é o Parque da Ilha Grande, mas que infelizmente estava fechado. 

      


Após conhecer todo o centro, já tínhamos um compromisso com o Passeio do Trem. Mas antes ligamos para um amigo que mora em Santa Branca, cidade vizinha, o Cassiano, que nos acompanhou também nesta outra aventura.


Grande atrativo da cidade é o Passeio no Trem Maria Fumaça 353, que tem como trajeto o trecho compreendido entre a Estação Central de Guararema e a Estação da Vila Luís Carlos, perfazendo o total de 6,8 km para ida e depois volta (1h no trem e 1h na vila). Conseguimos uma cortesia da Prefeitura/Assessoria de Imprensa e da ABPF - Associação Brasileira de Preservação Ferroviária (Obrigada!).

A Estação de Guararema construída em 1891, foi totalmente restaurada, conta com toda a infraestrutura e acessibilidade necessárias para a operação. E o destino final do passeio, a Estação de Luís Carlos, datada de 1914,  foi restaurada em 2011, pela Fibria, por meio de lei de incentivo e compõe com a revitalizada Vila de Luís Carlos, um cenário especial para uma verdadeira volta ao passado, estilo cidade cinematográfica. O local  conta com comércio típico para que você tenha um dia perfeito à moda antiga. 
     

Todo o trajeto é cheio de encantos, belas paisagens e, apesar do passeio ser um resgate do passado, a estrutura do presente é um convite para que você reflita sobre seu futuro. Coisas simples merecem nossa atenção especial e este passeio é uma das coisas que você guardará na memória. 

Quando o passeio no trem acabou, retornamos a cidade e fomos até o Pontilhão e Ponte de Ferro Central do Brasil. Uma belíssima ponte de ferro inglesa, inaugurada em 1910, projeto belga montado por ingleses e de onde temos uma linda vista para o Rio Paraíba do Sul.

Por último, conseguimos entrar gratuitamente no Parque Municipal da Pedra Montada. Aqui com trilhas autoguiadas e bem suaves, temos uma verdadeira escultura da natureza, um monumento megalítico onde duas pedras sobrepostas nos aparecem como uma montagem (literalmente uma em cima da outra), induzindo a nossa imaginação. E dentro do parque, também temos o passeio até a Pedra do Tubarão, onde temos outra escultura da natureza, agora com a forma de tubarão.

      
  

E para finalizar o belo dia, nós três fomos conhecer o Recanto do Américo ou Praça do Pau D'Alho, um miniparque ecológico, com pontes e decks de madeira ligando uma das margens do Paraíba a duas ilhotas cobertas de Mata Atlântica e a bicentenária árvore Pau D'alho, com aproximadamente trinta metros de altura e doze metros de diâmetro e, onde se pode desfrutar da tranquilidade com um belo cenário, tomar um sorvete nos quiosques por ali, sentar nos banquinhos e apreciar a paisagem ou tomar uma cerveja, foi o que fizemos de frente à Praça.

       

Infelizmente não deu pra ir e conhecer outros dois pontos turísticos da Cidade: a Cachoeira do Putim e nem o Alambique do Décio (chegamos lá depois das 17h), mas me disseram que vale muito a pena realizar estes dois passeios também. 


       

Enfim, dá pra descontrair e fazer belas fotos. Além das belas companhias, curti muito o passeio: meu romântico dia e animada noite. A cidade é pequena, aconchegante, organizada e, com certeza, você irá curtir e se divertir! :-)


     



quinta-feira, 3 de dezembro de 2015


Bueno  Brandão  -  Mutcho  Bueno
 Mais uma cidade mineira de belas cachoeiras

Dando continuidade as “Aventuras de Trás para Frente”, no feriado das crianças de 2015, conheci um pouco do Município de Bueno Brandão, mais um destino muito atraente e que vale a pena conhecer e desfrutar.  Esta cidade de Minas Gerais é bem próxima a Socorro/SP, localizado na Serra da Mantiqueira, e o seu principal atrativo é o turismo ecológico, principalmente por conta das suas diversas cachoeiras.


Nesta trip, fomos de carro saindo de São Paulo no sábado dia 10/10, por volta das 7 horas da manhã. Fizemos uma parada para o café, banheiro e chegamos por lá por volta das 10 horas.


Árvore Caverna 
Paineira Centenária dentro do Camping

O acampamento escolhido foi o Camping do Sossego, antes de chegar ao centrinho da cidade. Fomos muito bem recebidos e só pagamos duas diárias ($50,00). Pessoal muito acolhedor e a estrutura do ambiente muito boa. Com duas bases de cozinha comunitária, com dois fogões e duas geladeiras cada. Chuveiro quente separado do banheiro e tomadas e pontos de água, como tanques, espalhados pelo espaço. Outro diferencial do camping é que tem opções de trilhas, lago para pesca e cachoeira dentro do local.  

E a primeira cachu do feriadão foi dentro do Camping mesmo: a Cachoeira do Sossego, também conhecida como Cachoeira do Gustavinho, que tem queda e piscina natural. A trilha é bem curta, sinalizada, com apoios como cordas e sem maiores dificuldades. Quem não estiver no acampamento, pode pagar entrada e fazer somente a trilha e aproveitar a natureza por ali.

Para chegar em qualquer uma das Cachoeiras na Cidade, precisa “viajar” um pouquinho, pois algumas ficam bem distantes, ou seja, melhor opção é ir de carro, alugar um carro ou ir em um grupo grande de van/ônibus. E, você e seu carro também irão enfrentar estradinhas de terra. Ah... a maioria fica em propriedade particular, então também precisa pagar uma taxinha para visitação, conservação e uso. Uma dica bem legal é: pesquisem e já anotem as cachoeiras que desejam visitar, verificando o seu acesso previamente, assim vocês não perdem tempo.

Depois do Sossego, partimos para a Cachoeira dos Félix, de mais ou menos, 40 metros de altura. Entrada R$ 5,00 (São duas propriedades que tem entrada de acesso à Cachoeira. Acho que uma mais barata que a outra). Aqui a trilha é uma “pequena descida”. Digo isso, porque é tudo questão de ponto de vista, pois a volta é pelo mesmo lugar, ou seja, aí é uma “pequena subidinha”, rsrs. Mas vale muito a pena. Linda a Cachu e muitas fotos maravilhosas. 

            
E como chegamos tarde, o dia também acabou rápido e a noite demos uma voltinha no centro da cidade e assistimos umas apresentações rock’n’roll, em comemoração ao encontro de Motociclistas que acontecia no Município. (Foto: Paróquia do Senhor Bom Jesus, foi fundada por volta de 1820 com elevação a paróquia em 1850).
  


Dia seguinte, a cachoeira escolhida foi a Cachoeira dos Luís ($7,00 - entrada). Distante do camping, mas nada que desanimasse a galera. Chegando lá, mais belas paisagens, com duas quedas d’agua paralelas de aproximadamente 30m cada. E melhor: basta uma caminhada simples, mais descidas e subidas, mas leves, para chegar até ela.


Muitas coisas aconteceram nesta trip: nos perdemos não encontrando algumas cachoeiras, eu estava zerada (no $) e, infelizmente, devido a alguns problemas pessoais, não consegui aproveitar outros pontos turísticos. L 
Mas o lugar merece uma maior exploração, com certeza. Como toda a cidade mineira, 
o pessoal é bem hospitaleiro e quem gosta de simplicidade estará no lugar certo! J
Hotel Castelinho na Entrada da Cidade


Igreja em Munhoz, quando a gente se perdeu... 



quinta-feira, 5 de novembro de 2015

Carrancas – Mais um Paraíso no Brasil


Dizem que o nome da cidade surgiu devido a duas imagens em uma rocha que pareciam gigantes caras e podiam ser avistadas de longe por quem passava pela região em busca de ouro.

O Município faz parte da Rota do Ouro, a Estrada Real.

A Cidade de Carrancas é um verdadeiro polo turístico em Minas Gerais, com uma grande variedades de Cachoeiras, Poços, Grutas e Serras. Já foi cenário de novelas (Alma Gêmea (2004), Paraíso (2009), Amor Eterno Amor (2012), Império (2014) e tem a nascente do Rio Capivari localizada na Serra do Município.

Para lá fui na emenda do feriado de Finados/2015. Eu e mais 15 pessoas saímos na Van do Ale (translado R$ 120,00) na noite de sexta (30/10), às 24h e chegamos a Carrancas no sábado (31/10), às 6h.

Ficamos no Camping Sossego do Jeca (R$60 - 2 diárias) onde o senhor Cássio nos tratou super bem. A área do acampamento é bem estruturada, onde você pode optar por ficar em um espaço com cobertura ou não. Possui tomadas espalhadas pelo gramado, iluminação, chuveiro quente, banheiro individual (este poderia ter mais para as meninas), cozinha comunitária com fogão e geladeira e é possível fazer churrasco lá dentro. E o camping fica bem no centro da Cidade, perto da Igreja da Matriz com mercadinhos perto, bar para compra de bebidas, lojinhas de artesanatos e muitas opções boas para comer.
Igreja Nossa Senhora da Conceição fundada em 1732


O lugar simplesmente surpreendeu a todos. Como são muitas atrações, ou você faz as principais em um final de semana ou feriado prolongado ou tenta ficar pelo menos uma semana por lá. E algo que, achamos que não tinha necessidade, mas foi a nossa salvação, foi a contratação de um guia local, que apareceu no nosso camping, o Senhor Orlando, que nos levou aos principais points, negociou valores, contou-nos ótimas histórias e graças a ele, aproveitamos mais ainda. Tio gente boa!

 


Sobre o Roteiro: nos organizamos para conhecer o máximo possível nos três dias: sábado, domingo e segunda. No fim, conseguimos fazer os melhores locais no sábado e domingo e demos muita sorte, pois na segunda até tinha algumas cachoeiras para visitar, mas amanheceu chovendo e voltamos mais cedo pra São Paulo.

No sábado, logo após o café da manhã comunitário entre os participantes da viagem, fomos de van para: Cachoeira do Grão Mogol e Cachoeira Grande, no Complexo Mogol (entrada R$10,00). Depois Complexo da Vargem Grande (R$5,00), com uma das principais atrações, a Cachoeira e Poço da Esmeralda e Poços da Vargem Grande. Lanchamos durante a trilha e o jantar foi na Casa de uma Senhora muito gentil, que preparou uma comida caseira maravilhosa por R$10,00 (indicação do Sr. Orlando. Rua debaixo do Camping).

No domingo, acordamos bem cedo, café comunitário e as 7h30 partimos em direção ao Complexo da Zilda (total entrada atrações R$ 16,00). Primeira parada foi no Escorregador da Zilda. Chegamos e não tinha ninguém pra nossa sorte e diversão.

Depois simbora andar: trilhas, grutas, escuridão, mas chegamos a mais um paraíso: Cachoeira da Zilda e Cachoeira dos Índios, onde também vimos alguns escritos/desenhos históricos nas pedras. Depois disso, mais um pouco de aventura, passando pelo Cânion e chegamos no lugar que eu achei o mais top e, acabou se tornando um grande desafio enfrentado: o Racha da Zilda (De um lado, a Cachoeira dos Anjos, de outro, a pequena corredeira que sai da montanha e traz as águas da Racha. Dos dois lados, paredes de pedra e vegetação parecem proteger o local. Passeio para quem sabe nadar e bem, chegar na Racha não é tarefa tão fácil, é preciso atravessar um poço chamado Sonrisal, entrar no cânion que dá passagem para a racha e atravessá-la a nado contra a correnteza).




E para finalizar o dia, visitamos o cartão postal da cidade, o Complexo da Fumaça e algumas cachoeiras do Complexo Tira e Prosa e Ponte. Na chegada ao camping, noite do churras e muitas histórias pra contar.


Corrido, não vimos tudo, mas o que vimos está marcado na memória. 



Voltar, com certeza, vale muito a pena Carrancas! ;-)